segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Destruída

Nunca pensei sentir um dor tão estranha, eu sabia que o Alex estava morto, todos me diziam coleciono as matérias que saíram nos jornais, mais ver, ver o túmulo dele, a foto dele, o dia, mês, ano de nascimento e falecimento,  aquela fotinho com o cabelinho do Brian Molko, Deus, como doeu. Embora eu soubesse, ver, doeu de mais.
Queria uma foto dele, uma única foto, acho que eu descobri o quanto ele era importante pra mim, a hora que eu vi, algumas lágrimas rolaram, outras, consegui segurar, me segurei, apenas acendi umas velas, com algumas lágrimas nos olhos, tentei falar pra ele em pensamento tudo o que eu sentia, mais o impacto foi tão grande, que não consegui.
Por fora, eu estava quase que “tranquila”, mais por dentro a minha vontade era arrancar aquela foto, abrir aquele túmulo, abrir aquele caixão pra ter certeza, finalmente, eu não consigo. Acho que eu o amava, ou não, eu não sei, sei que não consigo tira-lo da cabeça, e da forma brutal com que ele foi morto, eu nunca faria mal a ninguém, mais ao sujeito que fez aquilo com ele, eu acho que gostaria de descontar toda Raiva que eu sinto de tudo nele, eu o odeio, não o conheço, não sei os motivos que o levaram aquilo, mais eu o mataria, acho que arrancaria um dedo por dia, um dente por dia, queria fazer-lo sofrer. EU O ODEIO, não desejo  morte pra ele, desejo sofrimento, muito sofrimento, que ele perca seus entes queridos, um  um.
Será que eu amava o ALex e não sabia? Gostaria de voltar uns anos atrás, mesmo ele me deixando claro de que ele era gay, eu lutaria por ele, provavelmente hoje ele estaria vivo.

“Você  sabe que eu gosto de meninos, né? –Mais eu vou abrir uma exceção"      

 Saudades Eternas.

Dia que encontraram o corpo

Jovem desaparecido

Pra vc, todo ódio desse mundo

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